Quem ouve O Maestro no rádio, na internet ou nos paredões, não imagina que a voz por trás dos sucessos como 'Se Deu Sol É Mar', 'Bota a Mão no Carro', 'Ponto do Click' e 'Em Cima da Moto', tem apenas 21 anos.
Jefferson Leite, o jovem por trás da voz grave e potente, foi a atração musical convidada do programa Atitude, da Bahia FM, neste domingo (25), e bateu um papo com o iBahia antes de se apresentar e falou um pouco sobre a vida na música.
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Morador de Águas Claras, em Salvador, O Maestro contou ao site sobre como nasceu o interesse de estar na música. Os primeiros passos foram dados longe dos vocais, na época, Jefferson fazia parte da percussão de grandes grupos da Bahia, como o Ilê, na Banda Erê, e o Olodum.
"Eu comecei a estudar na escola do Ilê, no ensino fundamental, e lá tinha a Banda Erê. Quando eu vi eles tocando, eu também quis tocar. Fazia a percussão, comecei a tocar lá, criei esse amor. Depois da Banda Erê fui para o Olodum, e de lá comecei a tocar em banda de axé de bairro".
A mudança para o pagodão começou logo após essas experiências. Jefferson afirma que tudo aconteceu de forma natural para ele.
"Das bandas de axé, comecei a tocar em bandas de pagode de bairro e toquei na banda do meu empresário. Como eu já escrevia música para bandas de pagode, ele teve a ideia de montar o projeto e me colocar como vocalista. Foi uma mudança super natural, porque a gente já cresce nessa levada de axé e pagode, é uma coisa da Bahia".
Questionado pelo site sobre a mudança ter sido vista com maus olhos por quem já julga o pagode, principalmente por causa das letras mais sensuais, Jefferson conta que é algo que ainda acontece, mas já não o afeta tanto.
"Acontece bastante, a galera acha que só tem aquele conhecimento, mas na verdade às vezes a gente tem que fazer aquelas letras por conta do momento. O Maestro é até um pouco diferente, a gente tem muitas letras limpas, a gente preza muito por essa situação letra limpa. Mas isso não faz o cantor de pagode não ter conhecimento. A gente acaba indo por esse caminho porque é mais vendável".
O diferencial citado por Jefferson é o pagode com uma letra "limpa", isto é, sem ser explícito como o que costuma fazer sucesso nas ruas.
"Quando criei O Maestro a ideia era fazer o pagode que não fosse esse proibidão, para entrar nas casas das famílias, tem muita criança que ouve a gente e se aproxima. Muita criança do meu bairro. É claro que a gente canta o proibidão, mas temos esse cuidado para atingir todos os públicos".
"Nascido" na pandemia, O Maestro estourou para o público em um momento onde os palcos eram "proibidos" devido ao isolamento social, com isso, foi na internet que o grupo fez barulho para se manter relevante de 2020 a 2022.
"A gente abriu a pandemia, né? Nossos sucessos estouraram nos últimos anos e foi bastante complicado, mas eu sempre coloquei Deus no meu coração e sempre fui agradecido. Agradeci porque foi uma oportunidade que chegou para a gente na pandemia, e a gente continua tocando. O importante não é nem o sucesso momentâneo, é deixar um legado".
E entre a força das redes sociais, em meio às dancinhas, teve influenciadores que apoiaram a carreira da banda, como o humorista Tiago Souza. "Tiago é meu irmão, ele é aquele influenciador que participa do seu pessoal. Independente de só trabalho, de só falar nas redes sociais. A gente já gravou música junto e ele é um menino que eu gosto muito, me identifico. Deu um grande apoio para a minha carreira. É um menino vencedor".
Passado o período crítico da pandemia da Covid-19, O Maestro se prepara para viver grandes emoções em 2023, como o primeiro Carnaval. Para o momento, Jefferson conta que reserva grandes surpresas para o público e uma canção que promete ser o hit do verão.
"A gente está preparando um CD que vai ser lançado e já escolhemos uma música para o verão, nossa aposta para o Carnaval que vai ser lançado no finalzinho desse ano. A música tem tudo a ver com o verão, tem a ver com a academia e com o Carnaval".
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