O bispo da cidade italiana de Noto, na Sicília, está ameaçando lançar uma denúncia formal na Justiça do país contra o jogo Pokémon Go, que chamou de "fábrica de cadáveres ambulantes, diabólico e perigoso", informou nesta quinta-feira a imprensa local. Mais conhecido por cantar rock nas missas do que por se envolver em polêmicas, monsenhor Antonio Stagliano diz que tem uma lista de ações legais preparadas pedindo que o game, sucesso no mundo inteiro, seja proibido na Itália.
O Pokémon original fez sucesso no fim dos anos 90 e início dos 2000 por sua mecânica inovadora para jogos portáteis: tinha um mundo virtual grande que o jogador precisava andar e andar e andar para capturar todos os pokémons. O novo Pokémon é revolucionário ao trazer essas andanças para o mundo real: para andar no jogo, o jogador precisa andar e mover seu celular. Parte do sucesso do jogo está no uso da câmera na captura dos pokémons: o jogo usa imagens em tempo real, capturadas pelo celular, para mostrar os animais onde o jogador está. Só que para fazer tudo isso, precisa de acesso à dados e funções do telefone, o que gerou críticas de muitos no mundo. Já outros criticam a forma como os jogadores ficam imersos no jogo, realmente viciante. O diretor de cinema americano Oliver Stone condenou duramente o game semanas após o lançamento, o chamando de uma forma de "totalitarismo" pelo "alto nível de intrusão" que teria na vida das pessoas. O bispo faz crítica semelhante, comparando o jogo ao "sistema totalitário nazista", criando uma forte dependência nos usuários e "alienando milhares e milhares de jovens".
O bispo de Noto - Wikimedia Commons |
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Redação iBahia
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