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Governo lança 'Década' para garantias dos afrodescendentes

Programa da ONU pretende promover a inclusão e combater intolerância ao povo negro. Nigeriano falou da semelhança do país com Brasil

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17/10/2015 às 16:15 • Atualizada em 27/08/2022 às 15:05 - há XX semanas
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Titular da Sepromi, Vera Lúcia Barbosa falou da importância da 'Década' para povo afrodescendente. Foto: Egi Santana / Flica
Reconhecimento, justiça e desenvolvimento dos afrodescendentes, esse é o tema da Década, programa da Organização das Nações Unidas (ONU) que foi lançado pela Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). O evento aconteceu na abertura da mesa 'Diálogos', com o escritor nigeriano Helon Habila e o poeta baiano José Carlos Limeira. A mesa ainda teve como mediadora Maria Anória de Jesus Oliveira, completando a mesa negra na Flica. A titular da Sepromi, Vera Lúcia Barbosa, firmou o compromisso do governo estadual com o programa que pretende promover a inclusão total e combater qualquer tipo de intolerância ao povo negro. O Década foi declarado em 2014 pela ONU e se estende até 2024. Antes disso, o governo definirá metas e plano estratégico de políticas afirmativas.
"Nós teremos um prazo de 180 dias para apresentar um plano de ação mostrando aonde o estado da Bahia está e aonde precisa chegar no final da década 2024", explicou Vera Lúcia. Após o lançamento, o público presente no Claustro do Convento do Carmo assistiu ao bate-papo entre os autores sobre a cultura negra.
"Eu me senti como se eu tivesse de volta para casa", conta escritor nigeriano Helon Habila sobre Salvador. Foto: Egi Santana / Flica
"A Nigéria tem a maior população negra do mundo. O segundo país é o Brasil. Isso é muito interessante para mim. Quando eu cheguei em Salvador , parecia que tinha chegado na África. Eu me senti como se eu tivesse de volta para casa. É tão africana a mandioca, o dendê, é uma mini África mesmo", disse o convidado internacional Helon Habila.

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