Descoberta há 146 anos pelo médico americano Andrew Taylor, a osteopatia é um método de diagnóstico e tratamento que utiliza recursos manuais para uma abordagem terapêutica do corpo e suas dores. O foco maior da osteopatia está na origem da dor e não onde ela está localizada. Dessa forma, quando se utiliza o método, entende-se que a dor não é a causa principal da lesão, mas que elas podem ser ocasionadas devido a um desequilíbrio.
Problemas mais comuns por quem procura a osteopatia
• Dores na coluna
• Dores nas articulações
• Torcicolos
• Labirintites
• Hérnia de disco
• Dores de cabeça e nas articulações tempero-mandibulares (ATM)
• Problemas digestivos
• Problemas pulmonares
• Distúrbios do sono
• Sistema nervoso
• Ansiedade e depressão
A metodologia da osteopatia é baseada no conhecimento aprofundado da anatomia, fisiologia, biomecânica e fisiopatologia do corpo humano, o que permite ao osteopata identificar e tratar disfunções de mobilidade dos tecidos corporais (articulações, ligamentos, músculos, nervos, vasos, vísceras, membranas, entre outros). Do ponto de vista osteopático, a alteração de mobilidade tecidual participa do comprometimento da função, não só do tecido disfuncional, mas também de todo o organismo que com ele interage.
É preventiva
A especialista esclarece que a osteopatia pode ser aplicada mesmo sem sintomas aparente, uma vez que é um tratamento preventivo, que vai regular todo o corpo, mesmo que a pessoa ainda não esteja tendo sinais. “Normalmente, para quem não tem sintomas físicos ou emocionais, o que no mundo de hoje é muito difícil, o recomendado é uma visita ao osteopata pelo menos duas vezes ao ano”, indica a especialista.
Tratamento
Tanto a avaliação como o tratamento osteopático são realizados com técnicas manuais específicas, elegidas pelo osteopata e voltadas para cada tipo de tecido, sistema, patologia e paciente, tornando-se, desta forma, um tratamento único e individualizado.
O tratamento se inicia com uma anamnese, que é uma série de perguntas e testes clínicos a fim de determinar a cadeia lesional: de onde vem a queixa e o trajeto da lesão, mais especificamente onde começa o problema. Segundo a especialista, é esse o local que deve ser primeiro abordado. “Por exemplo: se a paciente tem uma cicatriz cesárea, que é uma área de hipomobilidade, com pouco movimento, a lombar irá se manter hipermóvel para compensar, e a paciente terá dores na lombar. Então, neste caso, tem que tratar a cicatriz para melhorar a dor lombar”, explica.
Segundo os osteopatas, o que está gerando a dor em uma pessoa pode ser um problema diferente do que está gerando a mesma dor em outra. Por isso, o tratamento tem que seguir uma individualidade biológica. “O objetivo principal da osteopatia é a regulação do corpo - sua homeostase. Trata-se o indivíduo como um todo, liberando todos os obstáculos, seguindo a anatomia e fisiologia humanas, que estão obstruindo o funcionamento perfeito do corpo”, explica a osteopata.
A depender da anamnese, a recomendação de tratamento é uma ou duas vezes na semana no primeiro mês, e aos poucos vai espaçando, até chegar a uma ou duas visitas mensais. “Tudo vai depender do sintoma e do perfeito equilíbrio para o corpo alcançar a melhora”, explica a especialista.
De acordo com a Associação dos Osteopatas do Brasil (AOB), embora, pedagogicamente, a osteopatia seja dividida em musculoesquelética, visceral e craniana, é importante reforçar que esta divisão é estritamente didática e que a verdadeira osteopatia é aquela que respeita o princípio da unidade do corpo, onde todos os componentes da estrutura interagem (articulações, músculos, fáscias, vísceras, sistema nervoso etc).
Contraindicação
A osteopatia é contraindicada nos casos de infecções generalizadas, metástase (para não disseminar através dos vasos sanguíneos), e em casos de caquexia onde não haverá como o corpo tirar forças (recursos) para sua recuperação. Em fraturas e fissuras deve ser aplicada somente manobras leves à distância.
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Redação iBahia
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