Potência mundial no paratletismo, o Brasil celebra neste sábado, 22 de setembro, o Dia Nacional do Atleta Paralímpico. A comemoração acontece há seis anos como uma forma de reconhecimento aos esportistas que têm feito o país deixar de ser mero coadjuvante e passou a ser temido pelos rivais nas competições.
Paratletas como Silvania Oliveira mostram que garra e força fazem eles alcançarem resultados importantes. A sul-mato-grossense, que foi diagnosticada com a Doença de Stargardt na infância e, aos poucos, foi perdendo a visão, se tornou recordista mundial em salto em distância para cegas – 5m46. “Um dia eu tracei essa meta para mim, muitos olharam e disseram que eu não conseguiria. Foi bem difícil, fui para duas competições internacionais e muito próxima do recorde mundial. Quando consegui isso foi um prazer muito grande e depois comecei a desejar bater o meu recorde pessoal. Se eu achava que antes era complicado, depois foi mais difícil, por isso treinei bastante e consegui bater o recorde”, afirma a paratleta.
Outro exemplo é Flávio Reitz, que impressionou todo o Brasil com seu salto em altura nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015."O Dia do Paratleta tem uma grande importância justamente por ser um reconhecimento dos nossos esforços. A data oferece a oportunidade, inclusive, para que crianças e adolescentes possam identificar a gente como exemplos", diz o saltador, que conta ter sido referência em sua região, na cidade de Itajaí, em Santa Catarina. “Acabei sendo modelo para outros paratletas da categoria. Nós mostramos que tudo é possível com muita luta e trabalho.”
Caminhos parecidos são seguidos cada vez mais por outros esportistas nas competições. O movimento paralímpico nacional começou a ser alavancado em 1995, quando foi criado o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e na sequência, com a regulamentação da captação de recursos para o esporte e os primeiros patrocínios privados, como a Braskem, desde 2015.
A empresa vê nas próteses a materialização da sua crença de que soluções sustentáveis da química e do plástico podem melhorar a vida das pessoas. Desde os anos 1950 que o plástico passou a ser utilizado na confecção das próteses, permitindo um maior conforto, leveza e liberdade para os seus usuários. Ele também é o único material que pode ser moldado, além de se encaixar com perfeição no membro amputado.
Cada vez mais conquistas
A prova de que o movimento paralímpico nacional está em ótima fase são os números das últimas competições. Em 2016, nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, por exemplo, o país ganhou 72 medalhas, sendo 33 somente no paratletismo. Quatro anos antes, nos Jogos de Londres, o Brasil conquistou 43 medalhas, sendo 18 no paratletismo.
Os próximos desafios da equipe brasileira são as disputas dos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, e o Mundial da modalidade, ambos em 2019, e os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
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Redação iBahia
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