Foi declarada nesta segunda-feira (5) a anistia política do líder político baiano Carlos Marighella, morto durante a ditadura militar. Marighella, que completaria cem anos hoje, foi homenageado em cerimônia no Teatro Vila Velha, como parte da 53ª Caravana da Anistia do Ministério da Justiça. Nascido em Salvador, Marighella foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) até 1967, quando foi expulso e fundou outro partido, a Aliança Libertadora Nacional (ALN), que defendia a luta armada contra a ditadura. Ele chegou a ser considerado o inimigo número um dos militares até 1969. Dois meses depois de participar do sequestro do embaixador dos EUA Charles Elbrick, Marighella sofreu uma emboscada em São Paulo e foi morto ao resistir à prisão. "Ele sempre deu a vida para mudar a situação do país. Acho que isso é um reconhecimento do povo baiano", disse a viúva de Marighella, Clara Charf.
HomenagemEm homenagem ao ex-guerrilheiro, foi inaugurado o Pró-Memorial Marighella Vive, que reúne um acervo sobre ele com fotografias, documentos e seus escritos. Estudante de engenharia, Marighella escrevia poesias e, nas aulas e provas, respondia às questões em verso. Também compôs vários textos combativos nesse formado. Em 1969, ano em que morreu, ele escreveu o Minimanual do Guerrilheiro Urbano, destinado a servir de orientação, como ele dizia. Em 1996, o Ministério da Justiça reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte do guerrilheiro. Em 2008, o governo federal decidiu que a companheira dele, Clara Charf, receberia pensão vitalícia. A caravana julgará os processos de outros 16 ex-presos, em solenidade marcada para esta terça (6) no Palácio da Aclamação. (Com informações da TV Bahia e da Agência Brasil)
Jacques Wagner participou da cerimônia no Teatro Vila Velha |
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