Cinco italianos envolvidos com o tráfico de drogas foram denunciados por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA). De acordo com a assessoria do órgão, o grupo usava o capital obtido de maneira criminosa como se fosse de origem lícita através de empresas criadas com o objetivo de lavar o dinheiro. Segundo o MPF, um dos homens presos chegou a abrir uma locadora de veículos no bairro de Ondina, em Salvador, para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Ele já havia sido condenado à pena unificada de 18 anos e oito meses de reclusão, por meio de duas sentenças do Tribunal de Milão, em 1991 e em 1995, por tráfico de drogas. Após fugir para o Brasil, no entanto, ele passou a utilizar recursos provenientes do crime para manter empresas onde convertia o dinheiro do tráfico em dinheiro "limpo". O italiano de Milão associou-se a um antigo parceiro de crimes na Itália, também denunciado pelo MPF, que foi condenado por tráfico de drogas a oito anos de reclusão no país europeu. Um terceiro denunciado também foi identificado como um dos sócios temporários do negócio. A partir da análise das contas da locadora de veículos, o MPF concluiu que o lucro da empresa nos exercícios de 1999, 2000 e 2003 eram insuficientes para aquisição de frota tão ampla quanto a que ela possuía. Ainda segundo o MPF, nos anos de 1998, 2001 e 2002, a empresa teve prejuízo, quando ficou claro que a empresa não se destinava a dar lucros e servia de fachada lícita para dinheiro de origem criminosa. As investigações do órgão federal também apontam que, em 2001, quatro dos italianos presos abriram um restaurante no bairro de Patamares, na orla de Salvador. Em depoimento prestado à Polícia Federal, um dos sócios afirmou que o "empreendimento não se sustentava por si”, que a empresa teve um prejuízo mensal de 20 mil reais e que nenhum dos outros sócios apresentava qualquer preocupação ou tomava qualquer atitude para reverter ou minimizar o prejuízo, ainda segundo a assessoria do MPF. A lavagem de dinheiro teve como antecedentes não apenas o tráfico de drogas e a organização criminosa, mas também o crime contra o sistema financeiro, já que os italianos efetuaram operação de câmbio não autorizada com o fim de evadir divisas do Brasil, segundo a denúncia do MPF, que agora requer a condenação dos denunciados por ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Matéria original Correio 24h Cinco italianos são denunciados por lavagem de dinheiro obtido com o tráfico
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