Nesta quinta-feira (23), o desabamento do antigo Centro de Convenções de Salvador completa cinco anos e o espaço continua abandonado. O terreno está avaliado em R$ 300 milhões, porém, o futuro do local ainda é incerto. De acordo com moradores da região, a área virou rota de fuga e esconderijos para criminosos.
Tudo começou na noite de 23 de setembro de 2016, quando parte da rampa e do primeiro andar do Centro de Convenções desabou. Três pessoas ficaram feridas, mas sem gravidades. Quatro dias depois, o Governo da Bahia chegou a informar que o empreendimento seria demolido. Mas, acabou sendo impedido.
Isso porque dois meses depois, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) penhorou o espaço e suspendeu qualquer tipo de obra no local. Segundo o G1 Bahia, a justificativa foi a garantia de pagamento de uma dívida trabalhista avaliada em R$ 50 milhões da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa).
A causa do desabamento só veio cerca de sete meses depois. O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) apontou uma oxidação da estrutura e falta de manutenção. Em dezembro de 2019, o Governo da Bahia anunciou que o equipamento seria leiloado. E em paralelo, já em janeiro de 2020, a Prefeitura de Salvador inaugurou um novo Centro de Convenções.
A área está entre os 27 equipamentos públicos que o Governo da Bahia quer vender. A negociação depende, no momento, da aprovação da Assembleia Legislativa (Alba). Em junho deste ano, uma liminar da Justiça impediu a votação do projeto de venda, dando um prazo de 10 dias para o órgão dar detalhes técnicos, jurídicos e sociais.
O Governo da Bahia não informou se apresentou a solicitação à Justiça e nem prazos para dar destino ao antigo Centro de Convenções. O Ministério público da Bahia (MP-BA) se posicionou por nota ao portal G1, declarando que o Governo da Bahia anunciou a venda por R$ 150 milhões, mas não apresentou um planejamento detalhado para esclarecer a proposta de venda e uso posterior do equipamento.
Segurança
Muitos moradores que residem em bairros vizinhos ao Centro de Convenções, como Stiep, Armação e Costa Azul, reclamam da falta de segurança por conta do abandono do equipamento. Como o local está fechado, não há iluminação constante e os criminosos se aproveitam para praticar roubos e furtos.
Em relação ao assunto, a Polícia Militar informou que realiza patrulhamento na região e uma base móvel fica no local em horários estratégicos.
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Redação iBahia
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