A UniFênix, primeira unidade destinada ao atendimento de adolescentes em regime de semiliberdade em Salvador, foi inaugurada nesta terça-feira (10) à tarde, na Rua Fernando José Guimarães Rocha, em Pituaçu. A casa pretende servir de apoio à ressocialização de adolescentes que deixam o regime fechado. Mas tem gente incomodada. Alguns moradores do bairro protestaram ontem, durante a inauguração, usando faixas e carro de som. Para o administrador Fred Fedullo, 54, diretor da Associação de Moradores do Jardim Pituaçu (Amojap), a implantação do espaço foi arbitrária por não ter tido uma consulta prévia aos moradores, não comportar a quantidade de pessoas que deve circular no local (20 adolescentes e 20 funcionários), além dos desvios da finalidade da instituição por grupos religiosos que têm usado a casa antes da inauguração. “Não é preconceito nosso, é conceito. As estatísticas mostram que a chance de ressocialização de menores infratores é pequena, tememos que eles sirvam de bandeira para passar informações sobre as nossas situações econômicas”, completou o aposentado Edenval Urpia, 57, um dos moradores da rua. A diretora da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), Ariselma Pereira, diz que não é preciso pedir autorização para esse tipo de ação. “O que devemos e temos feito são reuniões para explicar o que é a semiliberdade. Se não fosse aqui, seria em outro lugar. A sociedade não pode se eximir do dever constitucional com os adolescentes”, afirmou.
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