O passeio no shopping, neste sábado (19), foi animado, principalmente se você é do tipo que gosta de pets. Isso porque 164 cães de 33 raças diferentes que participaram do Campeonato Nacional de Raças Caninas, no Shopping Paralela. Divididos em três pistas, os cães passaram pelos olhos clínicos de 11 juízes do Brasil e outros países como Suécia, Itália e Uruguai, no evento, promovido pelo Clube Baiano de Cinofilia.
Entre os competidores estavam as duas cadelas da psicóloga e estudante de veterinária Luciana Ventin: Liz Bella, de dois anos, e Malu, 9 meses, que competiram em uma categoria específica para Chihuahuas. A primeira ganhou o prêmio demelhor adulta da raça e melhor fêmea. Já, que é filha de Liz, também é vencedora. Foi escolhida a melhor cadela jovem da raça.
Nas exposições os animais desfilam e são avaliados pelas características de sua raça, como estrutura, movimento e apresentação. "É um concurso de beleza em que o cão precisa mostra pureza da raça", conta Javier Garrido, diretor da exposição e membro do Clube Baiano de Cinofilia. Inicialmente os cães competem entre seus iguais, depois entre os parceiros de seu grupo. Ao todo são 11 grupos que unem raças de cachorros com características próximas, como por exemplo Cães Pastores e Boiadeiros, Cães de Guarda, Cães Terriers, Cães de Caça, Cães de Companhia, entre outras. Depois de escolhido o melhor de cada grupo, eles participam da grande final, a Best In Show, em que são escolhidos os cinco melhores, que ganham troféu e pontuação para o ranking nacional.
Falando nisso, o chihuahua que venceu como o melhor pelo longo da raça em 2015 e 2016 estava em Salvador participando da competição. Nero Black, o cão de Horácio Neves Batista saiu de lá premiado como o melhor da raça. Além de Nero, Horácio tem 11 cães, um deles é o segundo melhor adulto do ranking brasileiro. Além de chihuahuas ele cria bulldogs há seis anos. "É uma coisa de família, meu pai criava, meu irmão também", conta Horácio.
Muito amor e cuidado
Entrar em uma competição do tipo não é tão fácil. Para que os cães se tornem competitivos, ele tem que ser o que melhor se adapta ao padrão de sua raça e que melhor pode cumprir sua função, como explica o árbitro uruguaio Sergio Piccorno. "Tem que estar limpo, penteado, com o corte de cabelo correto", conta. Além disso, ele lembra que os cães precisam passar pelo mesmo cuidado que qualquer outro precisa ter. "Boa alimentação, carinho, bons tratos, além de selecionar um bom criador, um pai que tenha uma boa genética", pontua o árbitro.
E esses cuidados podem custar caro, caso você escolha colocar os bichinhos em competição. No caso de Horácio, ele diz gastar cerca de R$ 4 mil reais por mês com seus animais, incluindo alimentação, cuidados com veterinário, banho e tosa, passagens de avião para as competições. No caso de Luciana, suas 11 chihuahuas e sua spitz não custam mais de R$ 500, isso porque ela faz muitos dos cuidados como banho e tosa em casa.
Para quem quer ter um cão de competição ela dá a dica: "primeiro, conheça a raça, saiba se precisa correr, porque cada cão tem uma necessidade fisiológica", diz. "Como eu me preocupo com os padrões de qualidade, eu prefiro conhecer o temperamento da raça, é bom também ter um veterinário de confiança, garantir uma boa alimentação, socialização", finaliza.
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Redação iBahia
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